Fabaceae

Ormosia minor Vogel

Como citar:

Marta Moraes; undefined. 2020. Ormosia minor (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

83.227,578 Km2

AOO:

44,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência no(s) estado(s) do ESPÍRITO SANTO, no(s) município(s) de Santa Leopoldina (Fiaschi 3531); RIO DE JANEIRO, no(s) município(s) de Macaé (Lima 2640); SÃO PAULO, no(s) município(s) de Jundiaí (Silva 433), Santo André (Kuhlmann s.n.), São Luiz do Paraitinga (Padgurschi 78), São Miguel Arcanjo (Moraes 950), São Paulo (Koscinsky 250). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no estado da Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Marta Moraes
Revisor:
Critério: B2ab(ii,iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Árvore de até 17 m, endêmica do Brasil, com ocorrência no domínio da Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Conhecida por olho-de-cabra e guaraci (Rodrigo Augusto Camargo com. pess.), apresenta AOO= 44 km² e sete situações de ameaça. A principal ameaça à espécie é a destruição de seu habitat. Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Mesmo com registros em Unidade de Conservação de proteção integral, suspeita-se que esteja havendo declínio contínuo de AOO, extensão e qualidade do habitat. Assim, Ormosia minor foi considerada Vulnerável (VU), devendo ser incentivadas ações de pesquisa (distribuição, tendências e tamanho populacional) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.

Último avistamento: 2018
Quantidade de locations: 7
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Linnaea 11: 405. 1837. (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019) Popularmente conhecida por olho de cabra, guaraci, guaracy na região Sudeste/SP (Rudd, 1965).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com 17 m (Lima 2640) que habita a Mata Atlântica na Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Ormosia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: .Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101158>. Acesso em: 10 Dez. 2019

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.1 Housing & urban areas habitat past,present national very high
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003).
Referências:
  1. Simões, L.L., Lino, C.F., 2003. Sutentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: Senac.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.2 Commercial & industrial areas habitat past,present national very high
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Atlantic Forest Biodiversity Hotspot, Brazil. Ecosystem Profiles. https://www.cepf.net/sites/default/files/atlantic-forest-ecosystem-profile-2001-english.pdf (acesso em 31 de agosto 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present national high
Em 2006, no Bioma Mata Atlântica se encontravam perto de 90 mil estabelecimentos (29% do total de estabelecimentos produtores de bovinos de corte do Brasil), cerca de 17 milhões de hectares de pastagens (16% do total de pastagens destinadas à pecuária de corte do país) (IBGE, 2009).
Referências:
  1. IBGE, 2009. Censo Agropecuário 2006. IBGE - Inst. Bras. Geogr. e Estatística 777. https://doi.org/0103-6157
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat past,present regional high
A economia do município São Miguel Arcanjo (SP) está voltada para o setor agrícola, com o predomínio do cultivo de uvas do tipo Itália e Rubi. Uma variedade que cresce muito na cidade é a uva rústica de mesa, como a niagara, (tratando - se de uma uva com menos custo para a produção),visto que na reforma dos parreirais os produtores vem optando pelo plantio da mesma,também ganhando espaço em novas áreas, principalmente na divisa com Capão Bonito (SP). A uva niagara atualmente em São Miguel Arcanjo, é responsável por 40% da produção do Estado de São Paulo. Também há outros, como o cultivo da batata, soja e feijão (Prefeitura São Miguel Arcanjo, 2018)
Referências:
  1. Prefeitura São Miguel Arcanjo, 2018. Dados gerais, economia. http://www.saomiguelarcanjo.sp.gov.br/pagina/03.html. (acesso em: 30 de agosto 2018)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada no Parque Estadual Carlos Botelho (PI), Área De Proteção Ambiental De Campinas (US).
Ação Situação
5 Law & policy needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território SP - 20 (SP) e Território - 33 (ES).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.